21 de novembro de 2024
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A oposição ao governo Bolsonaro é débil, mas pode obter uma janela de oportunidade com a CPI das Fake News. A Comissão foi criada para investigar um milhão de denúncias, entre elas o esquema de WhatsApp da eleição de Bolsonaro e a milícia digital de Carlos Bolsonaro. Como a oposição é minoritária, no entanto, o resultado tendia a ser muita luz e pouco calor.

Só que no meio da briga com o presidente, o líder delegado Waldir retirou da Comissão os deputados ligados a Bolsonaro. Nessa semana, a CPI convocou o assessor especial da presidência Filipe Martins, discípulo do escritor Olavo de Carvalho. Segundo reportagem da Crusoé, Martins conspirou pela demissão do general Carlos Alberto Santa Cruz enquanto manobrava uma milícia virtual de ataques. Como notou o site Nexo, a reportagem repartiu a direita. “O autor da reportagem da revista irmã do site Antagonista é Felipe Moura Brasil, que editou um dos principais livros de Olavo e dirige o jornalismo da Rádio JovemPan. Em seu apoio, partiu Rodrigo Constantino, colunista da Gazeta do Povo. São, todos, veículos identificados como de direita e que em vários momentos esboçaram proximidade com o governo. Acusando-os de alimentar o PT e, portanto, de traidores, saíram o próprio Martins, assim como Olavo e o editor do site Terça Livre, Allan dos Santos”, escreveu o Meio.

Haverá consequências políticas neste racha da direita nas redes sociais.

Duas novidades na semana: ao tirar Joice Hasselmann, Jair Bolsonaro chamou para liderar o governo no Congresso um senador do MDB, o partido que sempre esteve no poder desde 1992.

Na sexta-feira, o presidente recebeu o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o político que pulou na hora certa dos barcos de Serra para Dilma e depois para Temer.

Foto: Rogério Melo/PR/Fotos Públicas

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