Pouco mais de um mês da demissão do general Santos Cruz da secretaria geral e do humilhante rebaixamento do general Floriano Peixoto para a direção dos Correios há uma compreensão melhor dos militares sobre o governo Bolsonaro.
A primeira conclusão é que o presidente não irá mudar seu jeito, nem será subjulgado por oficiais de patentes superiores. Havia uma ilusão inicial no Exército de que eles poderiam “controlar” o presidente. Viram que é impossível.
Cresce a preocupação de como um eventual fracasso do governo Bolsonaro irá atingir a imagem da corporação. Alguns generais da reserva dizem que a força emprestou a sua credibilidade ao presidente e agora tem sua reputação dependente do governo.
Por fim, se eventualmente no futuro houver um movimento civil e dentro das normas legais pelo impeachment do presidente, com a posse do general Hamilton Mourão, parte preponderante das forças não se moverá para protegê-lo.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil