22 de novembro de 2024
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A liberdade de culto é assegurada na Constituição no seu artigo quinto, parágrafo 6. Isso significa que você pode acreditar em boitatás, Jedis ou na privatização da Petrobras ainda no governo Bolsonaro sem ser punido por isso. O problema é quando se usa essa crença para operar as ações para uma alta artificial de 8,20% em Petro PN. Caso de CVM.

Na vida real, o Ministério da Economia pariu um rato. Informou que faria uma lista de 17 privatizáveis (sim, 17 o número eleitoral de Bolsonaro) e depois anunciou a inclusão de apenas nove estatais no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), órgão responsável pelas privatizações e liquidações de empresas públicas federais. A lista inclui os Correios, a estatal com 106 mil empregados e R$ 6 bilhões de prejuízos desde 2013, mas no geral é a continuação da gestão Meirelles/Guardia: Casa da Moeda, Eletrobras, Codesp, etc. O Ministério não anunciou cronograma, modelo de leilão, nada. Foi um factoide, uma tentativa de mostrar serviço. Mostrou apenas displicência.

Projeções irreais

É preocupante a insistência do ministro Paulo Guedes por bolas perdidas, frases de efeito vazias e projeções irrealistas. No começo foram os trilhões de arrecadação com privatização, com venda de imóveis e reforma da previdência. Depois os milhões de empregados que seriam gerados pela carteira verde amarela, pela lei da liberdade econômica e pela capitalização. Todas ideias defensáveis com números fantasiosos. A sua fixação com a capitalização quase colocou a reforma da previdência em risco. Agora é a nova CPMF, travestida com o nome de contribuição sobre pagamentos, que taxaria uma alíquota de 0,2% de todas as transações em troca de uma redução de 20% para 13% na contribuição patronal da previdência. As chances de senadores e deputados aprovarem? Zero. É desperdício de hora-homem em tolice.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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