O Banco Central de Roberto Campos Neto começou operando com a possibilidade de cortes nas taxas de juros ainda no primeiro semestre. Não mais. A alta internacional do petróleo e os efeitos do dólar vão seguir pressionando a inflação nos próximos meses. O IPCA-15 avançou 0,72% em abril e bateu 4,71% em 12 meses, acima do centro da meta de 4,25%, efeito de alimentos e transporte. Foi o maior crescimento para o mês de abril desde 2015. Em maio, haverá queda nos alimentos, mas a tarifa de energia passará da bandeira verde para amarela.

O Banco Central segue trabalhando com uma queda dos índices mensais de inflação menores a partir de junho, mas a zona de conforto acabou. Uma Selic estável em 6,5% até o fim do ano é o melhor dos cenários.

Foto: Agência Brasil